O Caminho do Tarot

Os antigos sábios dizem que quando D’us começou a construir os mundos, criou 22 forças. Essas forças o auxiliaram na criação das esferas. Foram essas forças também que modelaram o homem no barro e incrustaram nele toda a energia da criação. Assim, o homem foi feito à imagem do seu próprio Criador, por receber dentro dele toda a energia do Cosmo e a memória do princípio. O D’us entregou ao homem o mais belo dos presentes e a maior de todas as provas: o livre arbítrio. A criatura foi concebida e vivia no mundo divino, mas não tinha consciência de sua própria divindade e então adveio a queda. O homem foi afastado do mundo divino, mas está no seu destino retornar.

D’us ordenou às 22 forças criadas que, através de suas energias, símbolos e eventos mostrassem e ensinassem ao homem o caminho de volta. Esse caminho representa a evolução e elevação do Ser Humano, esse caminho é ascendente ao mesmo tempo que profundo. Desta forma, enquanto o homem se eleva em direção ao mundo divino, mergulha mais dentro de si mesmo.

O Tarot é um esquema, uma ROTA – fazendo um anagrama com a palavra TAROT e TORA – um caminho a ser seguido. No Egito Antigo o Tarot era chamado de Estrada Real da Vida e seus arcanos eram símbolos utilizados durante a Iniciação. O neófito devia decifrá-los e integrá-los dentro de si. Os egípcios acreditavam que o esquema do Tarot havia sido deixado na terra pelos deuses, que para eles haviam vivido na Terra na era de Atlântida. Era um instrumento de ajuda para que o homem pudesse entrar em contato com as energias ali encerradas, que também faziam parte de sua alma. Eles entendiam que fazendo o caminho proposto por aqueles símbolos e figuras, o homem iria lembrar quem era e de onde tinha vindo.